Por José Bule

Responsáveis dos diversos sectores da província analisaram com o governador Paulo Pombolo os principais problemas da região
Fotografia: Jornal de Angola
O Comando Provincial da Polícia Nacional no Uíge registou, no último trimestre deste ano, 592 crimes diversos, dos quais 167 de natureza económica, actos que resultaram na detenção de 610 suspeitos autores de crimes de homicídio voluntário e involuntário.
A Polícia Nacional notificou furtos, violação de menores, ofensas corporais, uso e posse de liamba, entre outros crimes.
Um documento da Polícia Nacional distribuído à imprensa refere que 98,7 por cento dos crimes foram esclarecidos.
O governador provincial, Paulo Pombolo, denunciou que, nos últimos tempos, se têm registado acções que atentam contra a ordem e tranquilidade pública.
Neste particular, notou também a existência de algumas tendências de negligência e falta de ética por parte dos servidores públicos, que ainda enveredam por práticas nocivas na gestão da coisa
pública e desrespeito às leis.
Paulo Pombolo fez estas afirmações durante a sessão de abertura da reunião de coordenação dos órgãos que intervêm directamente na administração da justiça local.
“Assistimos à destruição dos bens públicos e de equipamentos sociais construídos pelo governo. A facilitação da entrada ilegal de estrangeiros e outro tipo de crimes devem merecer especial
atenção durante a reunião, de modo a prevenir tais situações”, afirmou.
Para o governador é preocupante que alguns criminosos sejam presos e poucos dias depois postos em liberdade, descarregando a sua fúria contra os sobas ou outros denunciantes. Além disso, pediu maior celeridade no esclarecimento dos crimes e identificação rápida dos seus autores. Durante o encontro, Paulo Pombolo felicitou os efectivos da polícia pelo seu desempenho no assegurar da ordem e tranquilidade pública durante a realização da 15ª Edição das Festas da Cidade do Uíge.
Considerou, ainda, que a livre circulação de pessoas e bens e a abertura das fronteiras está a permitir o crescimento e desenvolvimento significativo da província e a melhorar as condições
de vida da população.
A concluir, apelou à promoção sustentável do acesso à justiça, uma vez que, nos próximos dias, se vai assistir ao regresso voluntário dos angolanos provenientes da República Democrática do Congo
que, em seu entender, devem merecer o apoio das autoridades provinciais e o acesso a todos os serviços, para facilitar a sua reintegração na sociedade.
J.A