Luanda - Uma delegação multi-sectorial, chefiada pelo ministro da Assistência e Reinserção Social, João Baptista Kussumua, deslocou-se hoje, quinta-feira, a província do Uíge, numa visita de
trabalho de 24 horas, no âmbito do cumprimento do programa de repatriamento dos angolanos que se encontram no exterior do país na condição de refugiados.
Em declarações à Angop, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o chefe da comitiva, que esteve recentemente nas províncias do Zaire, Huambo Cabinda, Moxico e Bié com o mesmo propósito,
esclareceu que essas deslocações servem para dar a conhecer aos delegados provinciais sobre o processo de organização das operações de repatriamento dos compatriotas que brevemente começam a
regressar ao país.
Segundo o ministro, a província do Uíge, onde vai manter encontros com as autoridades locais, é uma área muito importante neste processo, uma vez que vai albergar uma grande percentagem dos
refugiados provenientes da República Democrática do Congo (RDC).
“Nesta área devemos solicitar maior atenção aos aspectos ligados a organização integrada, uma vez que não é só uma acção humanitária do ministério da Assistência e Reinserção Social, mas que
agrupa vários sectores ministerias, como da Saúde, Interior, Justiça e Agricultura”, disse.
casos do ministério da Saúde, que está representada pela vice- ministra, Evelise Frestas, o Chefe de Estado Maior General Adjunto para área Operacional e Desenvolvimento das FAA,George Barros
“Nguto”, Ministério do Interior, Justiça e Agricultura”, frisou.
Fez saber que a delegação que chefia é um conjunto de pilares fundamentais que vão cuidar não só do acto de repatriamento em si, mas sobretudo da reinserção destas pessoas.
De tal modo, disse, dos quase 43 mil angolanos que hão de vir da RDC, 40 porcento vão ficar no Zaire e no Uíge, províncias que já têm uma certa experiência no âmbito do acolhimento de
repatriados.
João Baptista Kussumua relembrou que, de Setembro até Dezembro de 2008, muitos angolanos tinham sido expulsos da RDC e as autoridades governamentais no Uíge e Zaire assumiram um papel muito
importante na facilitação, condução e no apoio na transportação dos nossos compatriotas que vieram para Angola.
Estas viagens, continuou, são a retoma destas operações para ver-se os aspectos locais nos destinos finais dos compatriotas, tais como aspectos sanidade, uma vez que a RD Congo possui uma grande
prevalência de pólio.
“ Os serviços sanitários terão que desempenhar um papel importante na prevenção e no controlo das pessoas que chegam ao país. Outro aspecto tem a ver com as questões ligadas a identificação e a
cidadania, que é da responsabilidade do Ministério da Justiça”, frisou.
Explicou que o governo está já a instalar os centros de acolhimento ou pontos de trânsito, a partir dos quais as pessoas são encaminhadas às suas zonas de origem.
As províncias do Zaire, Uíge e Cabinda são pontos de trânsito, embora muitos cidadãos possam fixar residência nessas localidades, são pontos onde depois de serem acolhidos, os cidadãos vão
poder definir as suas zonas de destino final, disse Kussuma.
Salientou que muitas vezes os países acolhedores facilitam o processo, fornecendo listas organizadas com os nomes das pessoas e os destinos finais das mesmas, assim como também a referência das
famílias que as poderão receber.
No que toca a logística, a fonte fez saber que está sendo dimensionada a nível das províncias e a nível das estruturas centrais, que vão completar o apoio possível e necessário nos primeiros dias
aos compatriotas.
Fazem parte da comitiva, as vice-ministras da Saúde e da Justiça, Evelize Frestas e Ana Canene, respectivamente, e o Chefe do Estado Maior General Adjunto para área Operacional e Desenvolvimento
das Forças Armadas Angolanas, George Barros “Nguto”.
Angop